Postagem original em 25/01/2012 22:00 – por: Roberto Martins
Vocalista foi carismática até quando deu problema no som
“Samba de D’Ju? É de Juscelino?”. A piada não era perdida para quem, diante do nome da atração de abertura das Noveneiras, quisesse colocar uma pitada de provocação política.
Afinal, Juscelino Souza, ex-prefeito e adversário político do atual prefeito Derivaldo Pinto, além de ser músico, também é chamado de “Ju”, pelos mais próximos. Entretanto, o “Ju” da banda é de Ju Moraes, vocalista do grupo.
Carisma
Nome justificado, banda apresentada. Na noite desta terça-feira, dia 24, após as falas de re-inauguração da Praça Pedro Nogueira, o show começou. E foi a partir daí que Ju Moraes, mostrou que pode até não ser política, mas é muito carismática, esbanjando beleza e simpatia.
Veja ensaio fotográfico de Ju Moraes no Ibahia
A vocalista interagiu bastante com o público durante todo o show.
Brincadeiras, piadinhas e bastantes citações a Irará. “Já passei muita lavagem e São João aqui”, disse a vocalista. “Passei o rodo, devo ter beijado muitos dos filhos desses políticos que tavam aqui no palco antes”, brincou.
Iraraense
A relação de Ju com a cidade vem de longas datas. Ela já frequentava Irará porque há algum tempo tem amigos na cidade. Entre eles, Fernanda Duarte que é iraraense e violonista da Samba D’Jú.
Este fato não foi esquecido durante o show. Ju Moraes disse, repetidas vezes, que a banda estava “muito feliz em tocar na terra de Nanda”.
Além disso, ela também chamou Fernanda à frente do palco para dá um depoimento. Tímida, a violonista saudou a população, conclamando a todos para cuidar da Praça.
Antes Ju já havia dito o nome e o “sobrenome” da componente iraraense de sua banda. “Ela é daqui. É filha de Everaldo, Gatão. Neta de Dona Nésia”. E assim, a apresentação estava devidamente feita.
Som
O carisma de Ju e o som da banda contagiaram o público. Em determinado momento do show ela pegou um quepe, o chapéu, da Filarmônica, colocou na sua cabeça e também na cabeça dos seus colegas de banda.
Até mesmo nas repetidas vezes que o som parava, e ficava só no retorno da banda ou quando só o retorno funcionava, a vocalista não perdeu a esportiva. “Isso acontece em tudo que é família”, disse.
Ao final do show soube-se que a causa do problema não era da aparelhagem de som e sim da instalação elétrica.
Não havia gerador para o palco e a energia, ligada no poste em frente ao Sobrado dos Nogueira, estava dando queda. Segundo um servidor do Departamento de Cultura, o problema foi resolvido após a troca do fio condutor por um de bitola mais grossa.
Geral
Problemas no som ou pouca iluminação no palco não foram empecilhos para o show do Samba D’Jú. Diante do que se viu, a banda contagiou a maior parte do público presente, embora fosse possível ouvir na platéia comentários do tipo: “a voz dela é estranha”; “ela derrapa na extensão vocal”; “tem algo que não me soa bem”.
No geral, o show do Samba D’jú foi bom. A banda mostrou um vasto repertório e saiu-se melhor do que a apresentação do CD disponível no site do grupo para download. Agradou a ouvidos de diversas coligações.