Postagem original em 21/05/2012 18:25 – por: Roberto Martins
Cópia do documento foi apresentada na sessão de terça, 15
O vereador Ubiratan Reis (PC do B) denunciou a emissão, por parte do Hospital Municipal de Irará, de uma receita sem carimbo de médico. A denúncia foi feita na sessão ordinária da Câmara, da terça-feira, 15.
Sem o carimbo do médico, a receita não informa o número CRM (Conselho Regional de Medicina) do mesmo. Esta identificação é a garantia de que o médico é devidamente formado e reconhecido na área. Além disto, através do CRM os profissionais de medicina são identificados e responsabilizados em caso de erros.
Ubiratan levou cópia da receita para a sessão e distribuiu entre os vereadores. Ele disse ter identificado o fato quando uma vizinha lhe pediu ajuda para entender o escrito da receita.
O vereador apontou ilegalidade também na dificuldade de entendimento do escrito. Segundo o edil, há uma lei municipal obrigando as receitas médicas serem escritas em “letra de forma” ou digitadas, para facilitar o entendimento de pacientes e farmacêuticos.
Receita
Cristiano Costa – Eletroguisso (PP) afirmou que o fato era recorrente. O vereador disse ter em sua residência uma receita nas mesmas condições da apresentada na denúncia, emitida quando sua filha foi medicada no Hospital. Ele se propôs a levar o documento à Câmara para o conhecimento dos outros vereadores.
Já Marinaldo Bispo – Nenga (PTB) disse ser o caso “uma vergonha” para Irará. Para ele o que estava escrito na cópia da receita apresentada era “garrancho”. Marinaldo anunciou que faria várias cópias da receita sem carimbo e distribuiria para a população.
Para o vereador Antônio Carlos – Carlinhos (PT do B) o caso é uma falta grave. “Uma receita que não tem nem o nome do médico, a gente nem tem como defender”, salientou. Ele disse ter certeza que o Prefeito Derivaldo tomará as devidas providências.
Responsáveis
Genival Pinho (PP) considerou como erro a atitude dos colegas Ubiratan e Cristiano. Para Genival, quando os vereadores tiveram conhecimento do fato, o correto seria procurar esclarecimentos junto à direção do Hospital e só depois do assunto encaminhado leva-lo para a Câmara. “Muitos querem se engrandecer na desgraça dos outros”, disse.
O presidente Edmundo de Jesus – Dudu (PRP) cedeu a presidência ao vice, Marinaldo, para também fazer as suas considerações. Na avaliação do presidente, se tem algo errado, a culpa é do prefeito. Para ele o prefeito tem de ter pulso para demitir secretário, médico ou qualquer outro que erre. “Um prefeito tem de cuidar do seu povo, porque é o povo que bota ele lá”, afirmou.
O vereador Carlos César – Cesinha (PSD) estava na Câmara, mas não se fazia presente ao plenário na hora da discussão. O vereador José Roberto – Sardinha (PT do B) não comentou sobre este assunto. E o vereador Juarez dos Reis (PSC) não estava presente à sessão.