Postagem original em 29-03-2014 19h17m
Maestro conduz banda em números musicais
Alberto Nogueira e Deraldo Portela foram homenageados com bustos
“Esta banda se chamará 25 de Dezembro, porque assim como a data do nascimento do menino Jesus ela não terá fim”.
Conta a história que a frase acima foi proferida por Alberto Nogueira, em 28 de março de 1954, quando fundava a atual Filarmônica de Irará.
Desta maneira Alberto justificava o porquê de não batizar a entidade com a data de sua fundação. E também criava um amuleto contra o fantasma da extinção, que atacou três filarmônicas existentes na cidade antes da 25 de Dezembro.
Na noite desta sexta, 28 de março de 2014, músicos, diretoria e amantes da Filarmônica se reuniram, na sua sede social em Irará, para comemorar a existência e as glorias da banda nestas seis décadas de vida.
A cerimônia começou com uma homenagem a dois presidentes: O fundador, Alberto Nogueira (em memória), e o de honra, Deraldo Portela (presidente por 40 anos). A Diretoria confeccionou dois bustos, com uma breve apresentação de ambos, disponibilizando na entrada da sede. “Eu os considero presentes de Deus”, disse o atual presidente, Diógenes Barbosa, quando do seu pronunciamento.
Solenidade
Além de Diógenes, também fizeram uso da palavra o prefeito, Derivaldo Pinto; o ex-minsitro, João Santana; o filho de Anísio Nolasco de Pinho (músico fundador), Nivaldo Pinho; o ex-presidente, Jackson Martins; o secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, José Américo (neto de Alberto Nogueira); e o presidente de honra, Deraldo Portela.
Bonifácio Ramos apresentou a solenidade e a professora Dilma fez um breve histórico das Filarmônicas em Irará. Foi exibido um vídeo com imagens da trajetória da 25 de Dezembro, incluindo a sua participação no Campeonato Nacional de Bandas, ocorrido no Rio de Janeiro em 1978.
O corpo musical, claro, não ficou de fora da festa. A banda executou alguns números entre as falas. No repertório alguns dobrados e músicas conhecidas do público iraraense. Entre elas, o hino da filarmônica e a empolgante “Dra. Tóteia”.
Festa
Após a solenidade, os músicos começaram a tocar sucessos da MPB de forma improvisada. Destaque para atuação da jovem musicista Ana Clara que soltou a voz, demonstrando um pouco do seu talento vocal.
Na sequência, os músicos começaram a tocar populares sambas de lavagem. “A festa acaba como a Filarmônica começou, com música de barbeiro”, observou o formando em jornalismo Jonas Pinheiro. Em abril, Jonas defende trabalho de conclusão de curso na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), tendo a Filarmônica como objeto de estudo.
E assim aconteceu uma cerimônia simples e animada. Sem maiores pompas, as quais seriam merecidas pela trajetória e função social da banda. Entretanto, dentro das circunstâncias, digna para marcar de modo significativo data tão importante para o povo iraraense.
Imagem: Jonas Pinheiro